quarta-feira, 28 de abril de 2010

Criação de Catálogos


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     Uma das dificuldades (e talvez uma oportunidade) para os professores da área de criação é a ausência de textos técnicos específicos para criação/direção de arte. 
    É comum encontrarmos textos/livros sobre redação publicitária e criação de uma forma geral, mas, especificamente, ainda não encontrei nenhum que atendesse exclusivamente as necessidades da disciplina de direção de arte...
      Pois bem, navegando por aí encontrei um texto, em um site de gráfica, que, talvez, se configure em um bom ponto de partida para uma reflexão sobre a criação de arte para catálogos. Segue abaixo trecho do material publicado:
Usamos o termo catálogo para designar o impresso que é usado como instrumento para apresentação e descrição de objetos e de atividades para efeitos de divulgação.
O catálogo oferecido ao lado é uma peça impressa utilizada para a divulgação de produtos ou serviços de uma empresa.
A Jograf Indústria Gráfica é especialista em impressão de catálogos, fornece também a criação do layout do catálogo.
Os catálogos são uma ferramenta poderosa para a comunicação, mas necessitam de arte, impressão e acabamento profissional para produzirem o retorno adequado do investimento.
Catálogos com fotos coloridas, ou seja, impressos em policromia (quatro cores) produzem excelentes resultados, mas os catálogos também podem ser impressos a uma ou duas cores dependendo da necessidade.
O papel mais utilizado nos catálogos com fotos é o couché de gramaturas entre 150 e 230g/m², por reproduzirem as cores com exatidão.
O tamanho do catálogo mais usado é o 29,7x42cm, impresso em papel couché brilho e a quatro cores (policromia), ou seja, impressão de fotos e todas as variações de cores sem ampliação do custo. O preço deste modelo de catálogo é o que produz o melhor custo-benefício para divulgações de produtos e serviços.
Divulgar com catálogos é garantia de sucesso para qualquer empreendimento, consumidores confiam muito mais em empresas organizadas.

     Primeiro ponto a se considerar a respeito de qualquer produção/criação publicitária, diz respeito ao objetivo da comunicação. Via de regra, catálogos são apresentações de produtos. Portanto, quanto melhor o(s) produto(s) for(em) representado(s) mais positiva será a percepção do cliente (leitor) sobre o produto.
     Outro questão envolvida na produção do catálogo resulta do fato que ele é mídia que deverá gerar pedidos de compra  a partir de sua leitura. Logo, cada item do catálogo deverá estar adequadamente especificado (referências, preços, cores, tamanhos, especificações técnicas etc). Exceção ocorre em alguns catálogos de moda, que tem objetivo não de venda direta, mas de uma apresentação/divulgação de uma coleção ou tendência. Neste caso se omitem as especificações do produto - mesmo porque o produto é só uma das possibilidades da coleção, existindo outros similares, oferecidos pela empresa.
     Quanto ao formato, o criativo/diretor de arte pode ficar mais à vontade... talvez limitar-se pela verba de produção... Se dinheiro não for problema, deve-se adequar o formato ao público alvo. Catálogos de produtos premium, de valores mais elevado, demandarão uma produção ainda mais esmerada. Deverão apresentar formatos maiores ou diferenciados, eventualmente apliques, cortes especiais. Consumidores de produtos premium não estão preocupados com custos de aquisição, eles sabem que qualidade custa caro. Os catálogos para tal público deve demonstrar esta qualidade.
     Produtos de valores mais modestos, por sua vez, podem ser apresentados em catálogos com formato mais econômico, levando-se em conta aproveitamento de papel etc. É o que acontece com os catálogos Compra Fácil e Hermes. Lembre que modéstia na apresentação não é sinônimo de material mal elaborado ou acabado. O que está mudando é a necessidade do público-alvo e não a competência do diretor de arte!
     A utilização de cores deve ser uma decisão criativa - submissa aos objetivos do catálogo e deve adequar-se à melhor apresentação do produto e à limitação com orçamento de produção.
     Por fim, quando o assunto é acabamento de impressão, o céu é o limite. O mercado gráfico possui uma infinidade de possibilidades de vernizes. Lembre que sé o objetivo é destacar, em se tratando de verniz de impressão, menos é mais!
     Por fim, não importando qual o público-alvo, acabamento verba disponível, um quesito que diz respeito mais à produção do que à criação: qualidade das imagens. Pelamordedeus!!!!! não vamos colocar imagem de qualquer qualidade!!!! não é porque a verba é curta que a imagem deverá ser "peba". Material de boa qualidade é fundamental para um resultado de boa qualidade. Qualquer sufoco o Photoshop pode dar uma força...
     Bom, agora já dá para a gente começar a bolar uns catálogos com alguma baliza.
     Vou  encerrando por aqui, parafraseando meu querido amigo e colega Jari Vieira: 
     SUCESSO!





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